domingo, 5 de dezembro de 2010

outro blog

Sobre tendências: lthomazini.blogspot.com
E o twitter: @dotsinamap

:)

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

listinha de natal

Uma câmera fotográfica nova (pode ser uma outra Canon G10, eu gosto).
Um casaco de frio (mas frio mesmo).
Um mini cooper.
Presente para todas as crianças do mundo todo.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

that's why they call me mister fahrenheit



Dei a meu namorado a incubência de me ajudar a achar uma música para minha formatura. O briefing: tinha que ser animada, legal, ter clima de formatura sem ser óbvia e falar um pouco sobre mim. Eis que Bruno me surge com esta música, que é a música mais animada de todos os tempos. Dá vontade de levantar e começar a pular na sala. Se não me segurarem, subo dançando no palco.

Vale a pena cantar junto com a letra. Tenho que usar cerca de 1"30 da música, pensei em deixar os iniciais mesmo (termina no 2o refrão, antes da parte do sex machine, porque, né?).

O que acharam? Alguma ideia melhor?

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

confissões de uma otária


No final do ano passado, passei por um momento difícil e comecei a escrever em um caderninho frases aleatórias. A verdade é que, aparentemente, estar triste me deixa criativa. Depois de mais de vinte desabafos, comocei a postar tudo em um blog. E assim surgiu o Confissões de uma Otária.

O Confissões não é nenhum sucesso de público, crítica ou qualquer coisa. Mas é meu xodó. Tanto que, um ano depois, eu estou aqui, bem, curada, apaixonada e tudo mais, e continuo me esforçando para postar algo novo sempre. As coisas andam menos criativas, mas, né? O que querem que eu faça? A dor de corno passou.

Como muita gente se identifica com as postagens, nos últimos tempos comecei a sentir que o blog tinha outra vocação: ser público. E comecei a encher a paciência de todo mundo para que participasse com alguma frase. Começou a dar certo.

Já fiz o convite por todas as redes sociais possíveis, mas faltou aqui. Dizem por aí que o desabafo faz bem. Quem quiser tentar, é só me mandar um e-mail para o larathomazini@gmail.com. As frases devem ser pessoais, sim, não quero nada inventado. Mas também têm que funcionar para todo mundo.

E quem puder, pode me mandar com imagem e título - quando não tiver um criativo, pega uma palavra qualquer e coloca em outro idioma que está ótimo. Tem até holandês.

Estou esperando, viu?

:)

terça-feira, 16 de novembro de 2010

sobre monografias, heroes e não ter vida


Então. Eu e Jéssica nos engajamos em um trabalho de conclusão de curso cuja hipótese não tem validação de ninguém mais respeitado que nós mesmas, e estamos tentando provar de alguma forma que aquilo que nós acreditamos é sim verdade.

Basicamente, queremos mostrar que existem características internas das narrativas - no nosso caso, as narrativas seriadas televisivas norte-americanas - que facilitam a abertura do mundo ficcional em multiplataformas. Ou seja, queremos entender o que diabos facilita a realização da transmedia storytelling.

Porque, né?, nem tudo que o povo chama de transmídia por aí é realmente transmídia. Às vezes não passa de um produto licenciado querendo passar por ampliação do mundo ficcional. Ou então um pedacinho que poderia fazer parte do próprio seriado, e só porque foi desgarrado e colocado na internet fica se achando produto transmidiático.

Não nerd o suficiente, nosso grande case é Heroes. E nosso não-case é Grey's Anatomy. Não apenas porque o público geek do primeiro tem competência para transitar em diferentes plataformas midiáticas, mas também porque a narrativa heróica e baseada em quadrinhos de Heroes é rica de gaps e quebras e personagens e tudo mais, tornando as graphic novels, por exemplo, orgânicas. É um mundo, uma marca, não apenas um seriado com uma estratégia de marketing.

O sofrimento que minha monografia me causa neste segundo (eu, escrevendo o post, enquanto Jéssica tenta provar que as multicamadas explicadas por Scolari facilitam a prática transmidiática, ambas sentadinhas na cama sem querer olhar para o relógio), me faz pensar que:

1o Eu realmente queria ser Hiro Nakamura e ter a capacidade de me deslocar no tempo e no espaço. Assim, eu poderia voltar para junho e dizer a mim mesma que eu estava proibida de procrastinar pelos próximos seis meses.

2o Eu deveria ter acreditado no sofrimento dos que se formaram antes de mim. E aviso desde já para os que vão se formar depois: aproveitem o tempo de vocês. Mesmo.

3o Eu provavelmente deveria ter sido menos ambiciosa no meu projeto. Estudar algo mais simples, mais bem explorado, com mais referências bibliográficas. Enquanto caminho para a minha 80a página, fico imaginando se não deveria ter desistido de ter uma hipótese a uns 3 meses atrás.

No fundo este post é apenas para avisar que não existo mais em novembro. E que eu realmente queria dar continuidade aos posts sobre Salvador, mas que está bem difícil. 5a e 6a-feira tenho uma leve pausa, vou tentar escrever sobre ser rico na Marina ou sobre como comprar móveis vintage nesta cidade.

Yatta!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

jezebel


Hoje meu post vem em formato de dica: a Boutique Jezebel, no Rio Vermelho, que é apaixonante. Como esse negócio de ser it girl, fashionista, etc, etc e tal resolveu chegar aqui em Salvador em peso, acho que a indicação vem em boa hora.

A dona da loja, Sara, é designer e publicitária que, além de muito simpática e com muito bom gosto, andou viajando o mundo atrás de referências para a boutique. Já passou pela London College of Fashion e pela Central Saint Martins College of Arte & Design, em Londres, e também pelo Istituto Europeo di Design, em Barcelona.

Credenciais à parte, a loja é muito fofa. Encontrei lá livros da coleção Your Life in Lists, que eu achei que jamais poderia achar em Salvador. Tem também Moleskines (com muita mais variedade do que a Saraiva), toy arts e uma grande variedade de objetos com carinha vintage. Além de roupas, obviamente. Marcas como Amapô e Mulher do Padre, além de peças da própria Jezebel.

É o tipo de loja que provavelmente quem não é de Salvador não vai entender meu entusiasmo. Mas acreditem, existir uma loja assim aqui é motivo de grande felicidade. Espero que um dia este estilo de boutique se diversifique, e que nós tenhamos (ok, mesmo no calor) uma tradição mais vasta de lojas de rua. Odeio esa cultura de shopping que impera na cidade.

Fica ali na Barro Vermelho, no Rio Vermelho, naquela rua em frente a Mc que sobe para a Praia do Buracão. No primeiro prediozinho à direita.

E não que meu blog seja popular o suficiente para alguém suspeitar disto, mas a dica é completamente gratuita.

color collective


Há um tempo conheci o blog Color Collective através de Jucú, e sempre entro nele quando preciso me inspirar para dar cara a alguma coisa (principalmente aqui no trabalho). A grande vantagem dele é que você consegue reproduzir o clima de fotos e ilustrações inspirações a partir da paleta de cores daquela imagem.

O blog foi criado pela designer norte-americana Lauren Willhite, que também faz o Squid, outro blog bem bacana.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

palacete das artes





Tenho tentado mostrar nas últimas postagens um pouco das coisas que eu realmente acho legais em Salvador, e todas elas, até agora, misturam um pouco do velho e do novo. A ideia de manter o que a cidade é, não trazer algo que fuja totalmente de sua cultura, cor, sabor, ao mesmo tempo trazendo um toque de modernidade e mundo.

Para mim, o grande (e bem sucedido) exemplo deste processo é o Palacete das Artes. Como é que não ama, gente?

Arquitetura:

Amo arquitetura. Ainda me arrependo um pouco de não ter feito o curso da faculdade (paralelo a jornalismo, quem sabe, podia dar uma combinação bacana), sou assídua frequentadora de alguns blogs (nos últimos tempos tenho entrado muito no The Cool Hunter) e sinceramente acredito na importância da beleza em construções (oi? Eu ouvi Alain de Botton?). Que seja.

A verdade é que eu acho que o Palacete das Artes conseguiu solucionar um grande problema da nossa cidade: dar função a prédios antigos e modernizá-los, sem que com isso sua integridade e aura sejam afetadas.

Não sei porque, nunca tirei uma foto desta combinação. Eles mantiveram o casarão e construíram uma estrutura de madeira e concreto, que leva a uma galeria em estilo contemporâneo. Ainda assim, não destoa. A combinação é orgânica e se funde ainda com as árvores que têm ao redor.

Arte:

Não sou apreciadora de arte por arte. Não basta rotular como arte para eu me interessar e, para ser muito sincera, nem sou muito fã de Rodin. O casarão da frente abriga obras do escultor francês, e algumas delas estão dispostas no pátio do lado de fora. A exposição é permanente (até onde eu sei, é um acordo com um museu francês que qualquer dia desses acaba. Mas, bem, é permanente) e aberta ao público.

O meu maior interesse está nas exposições do fundo. Estão sempre mudando, algumas realmente interessantes. Claro que tem mais do mesmo (alguém para de expor Verger, por favor?), mas sempre tem algo novo e interessante. Agora em novembro quem for vai encontrar obras de César Romero, parte da exposição BRamante em comemoração aos seus 40 anos de carreira.

Praça:

É, praça. É uma das funções do Palacete, especialmente para quem mora ali perto, no bairro da Graça. É uma excelente opção de passeio, principalmente para crianças, e conheço algumas pessoas que fazem disto um hábito. E convenhamos que a cidade carece de boas praças e parques. Vamos adaptando então.

Solar Café:

As modinhas internacionais sempre chegam meio atrasadas em Salvador. Passamos por crepes, temakis e nem sei mais onde nos encontramos. Pizzas em cone?

Mas algumas delas conseguem chegar de mansinho e se estabelecer sem muito alarde, conquistando pouco a pouco um lugar na rotina dos soteropolitanos (pelo menos dos um pouco mais abastados). Torço sinceramente para o sucesso dos cafés. Por favor, não acabem.

O Solar Café é, para mim, um dos melhores lugares para se ir na cidade, seja para almoçar uma das opções deliciosas e leves de prato do dia, seja para ir no fim da tarde, tomar um Moccha Frappé e ficar conversando na sombra das árvores ao redor. Tentei até tirar uma foto digna da bebida, mas minha máquina está quebrada e saiu uma boa porcaria.


Quem não conhece, vale o passeio. Fica na Graça, um dos meus bairros favoritos daqui. Está aberto todos os santos dias, inclusive aos domingo.

what katie ate



Pausa dramática nas postagens sobre Salvador para dar uma dica: o blog de culinária mais lindo e apaixonante que eu já vi.

Receitas possíveis e belamente fotografadas no What Katie Ate. Deu fominha e olha que eu acabei de almoçar.

Dica especial para Bruno, que está aprendendo a cozinhar horrores em Paris, e já deveria ter começado a compartilhar as receitas há muito tempo.

música no parque


Eu ia dar a este post o título "Música no Parque e sua capacidade de revitalização de um espaço público", mas né, ia ficar com cara de artigo acadêmico.

O Parque da Cidade nunca realmente fez parte da minha vida aqui em Salvador, mesmo quando eu era pequena e morava do ladinho dele. Lembro de ficar olhando pela janela, curiosa sobre o que exatamente era aquele monte de árvores e sobre como chegar lá. Devo ter ido 3, 4 vezes, a última delas aos 15, em um piquenique com minha família e amigos (no qual eu chamei minhas amigas mais fresquinhas, e um tio meu levou um frango assado).

A verdade é que o parque é, e sempre foi, perigoso. Sua entrada está em uma região nobre da cidade, na Av. ACM, em frente ao Alto do Itaigara. Mas, como todos sabem, Salvador é uma cidade de morros e vales, como a pobreza convivendo lado a lado com bairros de IDH norueguês. No fundo do parque está o bairro de Santa Cruz, um dos mais perigosos da capital baiana, e de enorme em extensão, uma vez que se confunde com o Nordeste de Amaralina e o Vale das Pedrinhas. É possível acessar o Parque da Cidade pelos fundos, através de Santa Cruz, em meio a uma vegetação mais fechada. Por isto, além de arrastões no próprio parque, a criminalidade chegava à rua, e eram constantes vidros quebrados e carros roubados no engarrafamento local.

Por isso, diversas vezes pedi para ir até lá e ouvi como resposta: "Não, é muito perigoso". E tinha a impressão de um lugar escuro e bizarro, com bêbados imundos caminhando em meio às arvóres, e gangues armadas contando o dinheiro das drogas sentadas na casinha no parquinho infantil. Um exagero, claro.

A verdade é que realmente não é uma boa ideia fazer um passeio noturno por lá, nem mesmo durante o dia se embrenhar em meio às árvores, nos cantos mais remotos do parque. Mas é um lugar lindamente frequentável, fresco, agradável, movimentado e simpático, em que se pode levar as crianças para brincar nos parquinhos e no pula-pula, fazer um piquenique ou apenas ficar sentado na sombra das árvores esperando o dia passar.

Um programa mais que interessante em uma cidade cuja principal opção de lazer sempre foi, e ainda é, ir à praia. Não precisamos ser sempre temáticos, não é mesmo?

Parte da movimentação do parque nos dias de domingo se deve a um projeto de parceria público privada que se chama Música no Parque. Há oito anos, sempre às 11h, o projeto convida músicos e grupos de renome para cantar gratuitamente no palco Dorival Caymmi e democratizar o acesso à cultura.

Desde já aviso: levem água, boné, sombrinha, protetor solar e respirem fundo antes de ir para um show. Escolheram o único canto não ventilado do parque, colocaram o palco fechando ainda mais o vento e criaram uma verdadeira estufa no local. Não satisfeitos, escolheram 11h como o horário do show. A combinação pode fazer os mais frágeis sinceramente passarem mal.

Outra dica é chegar cedo e sentar na parte mais alta, à cima da arquibancada, na grama, e aproveitar as árvores para ao menos se proteger no sol. Mas tem que chegar cedinho mesmo, se não não sobra lugar na sombra para ninguém.

Feita a introdução, este domingo fui para lá ver a Orkestra Rumpilezz. Não podia ter uma melhor banda para meu projeto "redescobrindo Salvador", uma vez que a banda faz uma verdadeira redescoberta do ritmo baiano. Tradicional e moderno, sem ser clichê. O show de domingo foi uma delícia (apesar de que tenho que confessar que sou muito branca para o sol que estava fazendo) e me fez pensar na quantidade de espaços que podem ser renovados com ideias simples.

Fiquei pensando em empresas para propor a adoção do Parque de Pituaçu, por exemplo, e logo depois descobri que uma amiga de um amigo foi derrubada, quebrou o braço, para que roubassem a bicicleta dela. Ou o Jardim Botânico, como anda? Ninguém ouve falar. O Zoológico da cidade continua abandonado e me dá mais tristeza do que qualquer coisa ir lá. Entre tantos outros lugares, que precisam ser renovados, conhecidos, valorizados.

Não tirei fotos porque minha máquina resolveu parar de funcionar exatamente quando eu estava lá. Vocês podem ficar bem informados sobre as próximas atrações no site do Música no Parque. A Orkestra Rumpilezz também tem um, e vários vídeos no Youtube (e este aqui foi de domingo, no Parque da Cidade).